Viajarte é música, poesia, performance, circo, dança, artes plásticas, audiovisual, ocupações, arte na rua, reciclagem...Tudo misturado, sem separações como aqui onde cada palavra tenta definir algo.

Na verdade vai muito além, se estende a muitos outros aspectos.
Todo esse movimento é apenas uma extensão da maneira como vivem, e vice-versa.Eles são a arte que professam, respiram essa arte e essa arte respira esses artistas.É o que leva assuas apresentações serem tão especiais.
 

A musicalidade do Viajarte é tão diversa quanto. Brasilidades sonoras misturadas entre sí e às diversas influências, não só musicais, dos lugares mais remotos do mundo.  Sua mensagem é rica, universal e muito atual. As letras tem poesia com sabor de moçada consciente que quer mudar o mundo (que está mudando o mundo, interior e à sua volta).
 

Seus principais compositores são Conrado Pera e Miag Makibara, da novíssima safra da dita "MPB". Mas eles vêm bem acompanhados, difícil enumerar, em algumas apresentações são 8, 10, 15 e até mais, artistas talentozíssimos, que rodam o mundo com suas apresentações. Aqui reunidos num objetivo comum.
 

Participaram de grandes festivais, desde a célebreVirada Cultural Paulista na megalópole moderna ao Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, entre tantos outros.Dividiram palco com Lenine, Jair Rodrigues, Marina Lima, Fafá de Belém, Otto, Dercio Marques, etc.E não foram poucas as entrevistas e matérias em jornais, revistas, sites e televisão - até na Globo. Tiveram duas de suas músicas na trilha sonora do seriado"Bipolar"-Canal Brasil e Globosat.
 

Em 2012 fizeram alguns pocket-shows nos EUA e agora estão de volta, prestes a ter um documentário longa-metragem sobre todo essetrabalho lançado - com direção de Gabriel Rosa - junto com o seu primeiro álbum, "Enlaçador de Mundos", de Conrado Pera & Viajarte, que tem participações de: Ricardo Herz, Janaína Pereira (Bicho de Pé), Dandara, Luiz Salgado, da americana Cara Laugdon, do argentino El Ciru - e em conexão com o oeste da África - Pabobo Jobarteh, do Gambia.
 

Ainda têm muito a crescer, fato, mas são jovens ejá arrancam elogios (e suspiros!) por onde passam. "Tudo é muito colorido, muito vivo". O burburinho cresce, é muito comum ouvir falar do Viajarte não só entre os jovens do centro-oeste brasileiro, mas por pessoas de gerações distintas, inclusive nas capitais.
O que o futuro reserva para esses artistas não é difícil de visualizar, arrisco o palpite: eles serão os grandes do presente do amanhã.
 

Zeca Bittenccourt, jornalista